Instituto Ethos conclui que COP 25 deixa mensagem para ambiente corporativo
Protagonismo das empresas na agenda de clima é essencial em todos os setores
Nessa sexta (13), encerra-se a 25ª edição da COP, que reúne cerca de 200 países com o objetivo de intensificar a luta contra as mudanças do clima.
O Instituto Ethos realizou três encontros com ONGs parceiras e participou de dezenas de discussões internacionais, encontros com políticos e ativistas brasileiros e manifestações populares em Madri.
O diretor-presidente da Ethos, Caio Magri, destaca como foi apresentar as experiências da Conferência Brasileira de Mudança do Clima, em Madri. “Compartilhar a experiência da CBMC na COP foi muito importante porque tivemos participações em momentos diferentes do evento e pudemos aprofundar a importância da construção coletiva que está acontecendo a partir da conferência, em uma grande coalizão com a participação da sociedade civil, academia, movimentos sociais, povos indígenas e, vale destacar, o parlamento e os governos subnacionais”, avalia o diretor-presidente do Ethos.
Magri ainda completa apontando a importância do Brasil nesse contexto. “Ou nós tomamos nas mãos as rédeas desse processo ou o Brasil vai continuar sendo um país secundário abrindo mão do seu protagonismo que foi tão importante em anos anteriores, afinal a Convenção do Clima nasceu na Eco 92. O Brasil se destacou nesse cenário desde o primeiro momento da construção de uma convenção climática global. A CBMC se mostrou como um caminho possível, de articulação, convergência, soluções e questionamento das políticas públicas que estão sendo desenvolvidas não só no Brasil, mas em todo o mundo. A gente espera que ela possa acontecer em 2020 na mesma perspectiva, mas com ainda mais estrutura e que possa resultar em levar uma grande delegação para a COP que vai acontecer no próximo ano na Escócia. Durante o próximo ano seguiremos construindo articulações e monitorando a Declaração do Recife”, disse.
Sobre as lições e aprendizados, Caio diz sair do encontro global com muitos desafios para 2020. “O Ethos traz uma experiência importante dessa COP. Nós participamos de várias COPs, mas nessa, a gente percebeu a importância reiterada do protagonismo das empresas. O Ethos, que é uma organização de base empresarial que trabalha a agenda de sustentabilidade e de responsabilidade social com as empresas, tem para o ano de 2020 a missão de se colocar de forma mais estratégia, do ponto de vista de levar as empresas à compromissos concretos, mudanças efetivas de inovação, de redução, de adaptação, de inclusão nos seus processos, nos seus produtos e serviços. Cada vez mais, a preocupação é reduzir os impactos ambientais, especialmente, com a emissão de gases do efeito estufa, além do consumo de energia fóssil e o consumo de produtos não recicláveis, não renováveis”, destaca Magri.
Para o Instituto Ethos, há uma clara decisão de “tolerância zero com as empresas e os produtos que têm impactos negativos no meio ambiente, que continuam trabalhando sem controlar sua cadeia produtiva, sem ter uma capacidade de rastreabilidade de seus produtos, para garantir que não venham de origem de desmatamento, em condições de trabalho análogo ao trabalho de escravos ou infantil”. “Portanto, para nós, a grande lição dessa COP é de que o protagonismo das empresas passa a ser, de fato, uma necessidade para todo o país e para todos os setores”, conclui Caio Magri.
Por: Rejane Romano
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