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  • Foto do escritorInstituto Ethos

Alemanha, França, Itália e Holanda compartilham experiências na agenda do clima

Boas práticas foram apresentadas na CBMC



Como outros países têm atuado na agenda climática, a fim de atender os compromissos assumidos no Acordo de Paris? Esse foi o mote do painel O nível de ambição e os instrumentos de governança para cumprir o Acordo de Paris – Alemanha, França, Itália e Holanda, que reuniu representantes desses quatro países numa espécie de “disputa”, cujo ponto principal foi analisar boas práticas de governança para mitigar os riscos com o aquecimento global.


Lutz Morgenstern, primeiro secretário para Assuntos Ambientais da Embaixada da República da Alemanha, destacou que o país foi considerado pioneiro em implementar ações para mitigar riscos da mudança do clima. “O que fazemos na Alemanha para alcançar nossas metas? Dois componentes centrais dominam a nossa estratégia de clima: definir e quantificar metas para cada setor, a partir de 2020, a fim de identificar caso algum não consiga acompanhar as metas e a partir daí tomar providências; e o monitoramento e fiscalização para alcançar as metas. Além disso, temos o programa de metas 2030, o qual é composto por: precificação do carbono; exoneração fiscal (baixar preços para produtos sustentáveis, como, por exemplo, baixar o preço das passagens de trem e substituição de instalações à óleo, o governo irá apoiar 40% para quem fizer a troca); e, proibir instalações de aquecimento a óleo a partir de 2026, entre outras ações. O programa ainda contempla medidas intersetoriais, como a compra de baterias e uma estratégia financeira sustentável apoiada pelo Ministério da Fazenda, além de fortalecer o banco de desenvolvimento, a fim de potencializar a transformação verde”, contou o primeiro secretário alemão.


Keyvan Sayar, conselheiro para Assuntos Globais da embaixada da França, também apresentou o que vem sendo feito em seu país. “Nossa diferença com a Alemanha é que somos um país mais convertido quanto a questão da mudança do clima. Tudo foi um processo de adaptação para tratar desse tema. Temos produzido muitos textos sobre o que já está em nossa constituição, que é a missão de proteção ao planeta. A parte mais importante de nosso posicionamento jurídico foi elaborado pelo Ministério da Transição Ecológica. O objetivo, que agora está na lei da França, é acabar com as energias fósseis até 2050”, revelou o conselheiro francês.


Paolo Furia, secretário regional do Partido Democrático de Piemontes, não só relatou as práticas adotadas na Itália, mas também chamou a atenção sobre a postura dos governantes. “Governos que fazem piada com a crise climática, que tratam como fake news, colocam todo um plano de mitigação e à população em risco”, destacou o secretário italiano.


Enquanto que, Amanda Molenaar, segunda secretária para Assuntos Econômicos e Diplomacia Climática na Embaixada dos Países Baixos, apresentou como o tema vem sendo tratado na Holanda e sua relevância mundial. “Adaptação climática não é uma questão nova para a Holanda. Em todos os lugares os desafios são enormes, por isso precisamos de grandes ambições”, alertou a segunda secretária holandesa.



Por: Rejane Romano, do Instituto Ethos

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